Mundo – Nos últimos meses, uma trama intricada de eventos tem desencadeado uma escalada de tensões no Oriente Médio, envolvendo diversos países e grupos rebeldes. O epicentro desse complexo conflito tem sido a região que se estende do leste do Mediterrâneo ao Golfo Pérsico.
O conflito teve início com a invasão do Hamas ao sul de Israel em 7 de outubro de 2023, resultando no sequestro de centenas de pessoas e na morte de 1.404, desencadeando uma nova onda de hostilidades na área. A resposta esperada de Israel foi uma série de intensos bombardeios na Faixa de Gaza, resultando em uma significativa perda de vidas.
A reação inicial veio do Hezbollah, grupo libanês financiado pelo Irã, que tem alvejado o norte de Israel, visando não apenas a defesa do Hamas, mas também a desestabilização das forças israelenses na Faixa de Gaza. Simultaneamente, os Houthis, rebeldes do Iêmen apoiados pelo Irã, começaram a atacar navios cargueiros no Mar Vermelho, ponto crucial de entrada e saída marítima para Israel.
Os Estados Unidos e o Reino Unido, em resposta aos ataques dos Houthis, oficialmente entraram no conflito em 12 de janeiro, realizando bombardeios em mais de 60 alvos no Iêmen. Essa intervenção levou a uma série de retaliações, incluindo um ataque a um destróier da Marinha dos EUA e a mudança da classificação dos Houthis como grupo terrorista pelos Estados Unidos.
Paralelamente, Israel expandiu seus contra-ataques para além da Faixa de Gaza, alegadamente eliminando membros de alto escalão do Hezbollah e do Hamas no Líbano. O governo libanês, até então não envolvido no conflito, responsabilizou Israel e prometeu retaliação.
O Irã, já indiretamente envolvido no conflito por meio do financiamento a grupos como Hezbollah, Hamas e Houthis, demonstrou sua presença direta com três ataques. Essas ações incluíram mísseis lançados contra alvos na Síria e no Iraque, alegadamente destruindo bases do Mossad (serviço de inteligência de Israel), e bombardeios no Paquistão, acusado de abrigar um grupo rebelde financiado por Israel.
Os Estados Unidos, inicialmente buscando distanciamento do conflito, agora demonstram maior disposição em participar, enquanto instam Israel a conter seus ataques. A crescente variedade de ataques levanta preocupações sobre uma possível escalada, e os aliados são chamados a permanecer vigilantes diante da complexidade em evolução desse cenário geopolítico.
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