Manaus – o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) deflagrou a Operação “Jogada Ensaiada”, desdobramento de uma investigação criminal que apura a associação entre servidores e um grupo na prática de crimes de contratação direta ilegal para prestação de serviços, sem cobertura contratual para o Hospital 28 de Agosto, em Manaus.
Segundo o Ministério Público do Amazonas (MPAM), a operação visa apurar a associação entre agentes públicos e particulares para prática de crimes de contratação direta ilegal relacionados à prestação de serviços no âmbito do Hospital e Pronto Socorro 28 de Agosto.
A operação resultou no cumprimento de dez mandados de busca e apreensão domiciliar, pessoal e veicular. A Justiça também determinou o sequestro e a indisponibilidade de bens dos envolvidos até o limite de R$ 1,8 milhão.
O foco principal da investigação é a contratação da empresa JRG Manutenção, e os mandados foram cumpridos entre os funcionários, familiares e possíveis mandantes das contratações ilegais.
Além disso, a operação deveria investigar os contratos do Hospital e Pronto Socorro Dr. João Lúcio Pereira Machado, onde a empresa Diagmax atua de forma irregular há cinco anos. O contrato dessa empresa é renovado de seis em seis meses, mesmo após questionamentos legais.
O Gaeco convocou o dono da empresa que venceu a licitação do João Lúcio para prestar esclarecimentos, suspeitando que estivesse acobertando a Diagmax. No entanto, a investigação revelou que o empresário foi vítima do escândalo de corrupção e favorecimento, não estando envolvido nas atividades ilícitas.
A operação “Jogada Ensaiada” marca um avanço significativo na investigação de possíveis irregularidades e esquemas ilegais dentro do sistema de saúde em Manaus, demonstrando o compromisso das autoridades em combater a corrupção e garantir a transparência nas contratações de serviços públicos. O desenrolar das investigações revelará mais detalhes sobre o alcance desse esquema e seus responsáveis.
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