Polícia Federal Utiliza VPN para Monitorar Publicações de Rodrigo Constantino no X

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Brasil – Um recente relatório da Polícia Federal, finalizado nesta sexta-feira (19) e obtido na íntegra pela Gazeta do Povo, revela que a instituição utilizou uma VPN (Rede Virtual Privada) para monitorar as publicações feitas por Rodrigo Constantino, colunista da Gazeta do Povo, na rede social X. Esse monitoramento foi parte de uma investigação que apura possíveis descumprimentos de ordens judiciais por parte do X, no âmbito do inquérito 4957/DF do Supremo Tribunal Federal.

O documento da PF inclui publicações feitas por Constantino, que reside nos Estados Unidos, e que não são visíveis no Brasil devido a um bloqueio imposto por Alexandre de Moraes. O relatório, assinado pelo delegado Fábio Álvares Shor, afirma que Constantino publicou mensagens “promovendo ataques ao Ministro Alexandre de Moraes e a disseminação de informações falsas ou sem lastro” para obter apoio fora do país.

Através da utilização da VPN, os policiais conseguiram acessar as postagens dos investigados na rede social, as quais não estavam disponíveis para os usuários brasileiros. Segundo o delegado, essas publicações confirmam a aderência de Constantino “ao núcleo da organização criminosa ora investigada”.

O relatório também aponta que o X pode ter burlado ordens de Moraes ao permitir que contas bloqueadas continuassem ativas no Brasil, possibilitando que usuários brasileiros sigam esses perfis. Além disso, os investigadores identificaram que os investigados, incluindo Constantino, participaram de conversas ao vivo na rede social, utilizando o recurso “Spaces”.

Entre os perfis mencionados no relatório estão Rodrigo Constantino, o senador Marcos do Val (PODEMOS-ES), Allan dos Santos, Paulo Figueiredo Filho e Oswaldo Eustáquio. O relatório da PF também é criticado por fazer juízos de valor sobre os supostos crimes praticados pelo grupo, destacando a intensificação da utilização da estrutura da milícia digital fora do território brasileiro para impulsionar o extremismo do discurso de polarização.

É importante ressaltar que o X, apesar de bloquear as postagens feitas e recebidas pelos investigados em seus canais, permitiu a transmissão de conteúdo ao vivo, o que levanta questões sobre a eficácia das medidas tomadas para cumprir as ordens judiciais. O caso continua sendo investigado pela Polícia Federal e pela Delegacia de Homicídios e Sequestros (DEHS).

Foto de capa: Reprodução/internet

Informação: Gazeta do povo

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